sábado, 14 de maio de 2016

ETAP: Conclusões

A experiência de Job Shadowing correu muito bem, cumpriu os objetivos 100% e terá continuação no outono de 2016 com outros três dias de aulas na ETAP.

Agradeço uma vez mais a todas as pessoas e instituições que fizeram possível esta mobilidade.




Queria aproveitar para partilhar as minhas reflexões quanto ao sistema educativo português em comparação com o espanhol:
  • O ensino português divide-se em primário (1º a 6º), básico (7º a 9º) e secundário (10º a 12º).
  • Os alunos podem fazer o secundário geral ou profissional de nível 4.
  • Ao finalizarem o secundário profissional, têm dois títulos: secundário e técnico.

É importante destacar que os alunos que fazem estudos profissionais, têm disciplinas técnicas e gerais, por isso além do título de técnico também têm o de secundário. Isso faz com que possam aceder à Universidade diretamente.

Em Espanha, por idade, corresponde-se com os chamados Ciclos Médios de nível 3, que apesar de terem uma grande carga técnica e uma formação muito boa, não são equivalentes a Bacharelato (secundário) nem habilitam os alunos para acederem à Universidade.

Por consequência, apesar da boa formação, os alunos de FP espanhóis têm um único título de menor categoria (nível 3) face aos dois títulos que recebem os alunos portugueses (nível 4 + secundário).

Além disso, os chamados Ciclos Superiores de nível 5 lecionados nas escolas espanholas, em Portugal (como no resto da Europa) são lecionados na Universidade, por tanto, ainda que a categoria do título e a formação sejam equivalentes, em Espanha não têm o prestígio de um título universitário.

Já para finalizar, gostei de saber que os alunos não pagam propinas na ETAP, aliás, recebem subsídios para alimentação e transporte público, coisa que põe Portugal uma vez mais "à frente", neste pequeno estudo comparativo.



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